No embalo do sucesso eleitoral colhido das urnas no primeiro e no segundo turnos da corrida municipal, quando bateu o PT em Salvador e Porto Alegre, o PMDB começa a assumir a velha forma que o caracteriza como uma espécie de partido "Alien", sempre pronto a tomar o corpo de qualquer governo. Bastou o PT ameaçar a candidatura do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), ao comando da Câmara, para que a cúpula da sigla abrisse o jogo de poder, avisando que tem cacife para o confronto: pode romper a coalizão e a aliança com o PT e o Palácio do Planalto na sucessão de 2010.

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A história recente mostra que o traço principal do maior partido brasileiro, estruturado em 4.671 dos 5.564 municípios, com 1.207 prefeitos eleitos e uma bancada de 93 deputados e 21 senadores, é a adesão. O MDB velho de guerra, que nasceu frente partidária, evoluiu para o PMDB comandado, na prática, por uma dúzia de caciques regionais que detêm a maioria dos votos dos delegados de cada estado na convenção nacional. Desse modo, é mais fácil aderir a um governo pronto, na condição de partido indispensável à governabilidade de qualquer presidente – um jeito de submeter todos a um projeto nacional, conflitante com interesses regionais.

Prevenção

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A Assembléia Legislativa vota hoje, em segunda discussão, o projeto que obriga residências e prédios comerciais do Paraná a contar com aparelhos especiais para a identificação de vazamento de gás. Segundo o deputado Mauro Moraes (PMDB), o uso de sensores é uma forma barata e simples para evitar acidentes como explosões e incêndios que são freqüentes.

Coisa do futuro

Instrumentos de interceptação telefônica como o guardião e maletas de gravações, pesadelo de muitos criminosos de colarinho branco, são página virada no processo de modernização da PF. Desde o início de outubro está em funcionamento, na PF em Brasília, a primeira base do Centro Integrado de Inteligência Policial e Análise Estratégica, a maior rede de banco de dados cadastrais e criminais do país. Com um simples ato de apertar um botão, um investigador, em qualquer lugar que esteja, pode ter acesso a uma ficha completa e localizar um suspeito sob investigação.

Crise

Os trabalhos legislativos no Senado começam nesta semana com a expectativa de votação de MP 442, aprovada na semana passada pela Câmara dos Deputados. A medida dá poderes ao Banco Central para comprar carteiras de crédito de pequenos bancos em dificuldade. O presidente Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) informou que os líderes partidários já acordaram em votar a matéria num pacote que envolve outras três das sete medidas provisórias que trancam a pauta da Casa.

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Porém

A oposição ao governo federal no Senado concentra seus esforços na MP 443, que dá ao Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF) prerrogativas de adquirirem pequenas instituições financeiras. O líder do Democratas (DEM), senador José Agripino Maia (RN), quer a fixação de um prazo de vigência dos poderes concedidos ao BB e à CEF. Maia defende também que os recursos de socorro aos pequenos bancos saiam do Tesouro Nacional e não das duas instituições financeiras públicas.

Licença-maternidade

A deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) informou ontem que negocia com a Mesa Executiva da Assembléia Legislativa a inclusão na pauta desta semana da discussão de um projeto de lei que aumenta a licença-maternidade de servidoras estaduais de 120 dias para 180 dias. O projeto é de autoria de Luciana e do deputado Elton Welter (PT).

Pinga-fogo

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Passado o segundo turno das eleições municipais, devem se iniciar as conversações entre o prefeito de Curitiba reeleito, Beto Richa (PSDB), e os partidos aliados para a composição do secretariado do próximo mandato. O presidente do PP municipal, Ney Leprevost, diz acreditar que a partir desta semana o prefeito deverá marcar uma data para conversar com o partido. "Quando fechamos a aliança ficou acertado que o PP continuaria participando da administração municipal, com duas secretarias", disse Leprevost. Segundo ele, o partido só indicará nomes para as pastas após saber quais serão, a fim de que possam ser indicadas pessoas qualificadas para os cargos.