O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi diagnosticado com um câncer na laringe, está "animado" e pronto para o tratamento de quimioterapia que começará nesta segunda-feira, disse a jornalistas Roberto Kalil Filho, um dos médicos da equipe que acompanha o político.
"Ele está animado e super tranquilo, transparente. Sabe o que aconteceu, sabe o que foi diagnosticado. Foi bem discutido o tratamento", disse o médico.
O câncer na laringe foi diagnosticado no sábado pelos especialistas do Hospital Sírio-Libanês, que a partir desta segunda-feira começarão a submeter o ex-presidente a sessões de quimioterapia, que devem ser prolongadas por três meses.
Kalil, que visitou Lula em sua casa, disse que o ex-governante passou o domingo com a família, brincou com um de seus netos e aguardava para ver pela televisão o jogo do Corinthians pelo campeonato brasileiro.
De acordo com o médico, Lula teria pedido que ele falasse com a imprensa para dizer como está, e completou que o ex-presidente deseja "transparência" nas informações sobre a doença.
Segundo a equipe que atende Lula, o tratamento será ambulatório e a quimioterapia deverá ser suficiente para eliminar o tumor localizado em sua laringe, que tem entre dois e três centímetros.
Desde que soube de seu problema de saúde, Lula recebeu várias manifestações de solidariedade. Uma das mensagens de apoio foi enviada neste domingo pelo chefe de Estado venezuelano, Hugo Chávez, quem também luta contra um câncer.
"Em nome do povo venezuelano e a partir de minha experiência por enfrentar uma situação parecida, quero expressar, através dos laços de irmandade que nos une ao companheiro Lula, meu profundo desejo de que o tratamento ao que será submetido nas próximas semanas permita sua rápida recuperação", diz o comunicado da Presidência venezuelana.
Mais tarde, em um ato público realizado em Caracas, o presidente venezuelano afirmou que a América do Sul está se "especializando" em "enfrentar e derrotar o câncer".
Ele fez referência ao fato de que a atual presidente brasileira, Dilma Roussef, e o presidente paraguaio, Fernando Lugo, também enfrentaram um tratamento contra a doença.