Médicos e funcionários das Santas Casas e hospitais filantrópicos fazem paralisação de 24 horas nesta terça-feira para reivindicar aumento da verba repassada pelo Ministério da Saúde. O atendimento nas emergências continua, mas as consultas estão sendo adiadas para quarta e quinta. No Brasil há mais de duas mil entidades, entre Santas Casas e hospitais filantrópicos, que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS). Só no ano passado, esses estabelecimentos foram responsáveis por 4,7 milhões de internações.
O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Brasil, Antonio Brito, ressalta que não há interesse de prejudicar a população. Segundo ele, o objetivo da paralisação é mostrar a importância do serviço prestado.
- Essa paralisação não é contra o governo. É em favor do SUS e da saúde brasileira. O que nós queremos é chamar a atenção, por isso, nós não queremos prejudicar a população e não vamos paralisar os serviços emergenciais e de urgência, porque sabemos das dificuldades da população hoje, já para ter um serviço.
O diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Amâncio de Carvalho, acha que a paralisação é justa, porque faltam recursos para a área de saúde. Ele diz que o ministério está aberto a conversas e negociações e que existe uma proposta para ampliação do repasse de dinheiro para os hospitais.
- Reconhecemos que é necessário melhorar as ações que foram desenvolvidas. Por exemplo, há uma proposta, que foi discutida com as entidades, de um novo sistema de contrato, a partir do próximo ano, que implica a remuneração adicional de R$ 200 milhões.
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