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Durante a megaoperação realizada em São Paulo e em todos os estados do país pela Polícia Civil, foram presos integrantes de quadrilhas perigosas que agiam no estado, segundo o delegado geral da Polícia Civil Mario Jordão Leme. Foram presos bandos que faziam seqüestros, traficavam drogas e roubavam contêineres em Santos. Com uma das quadrilhas, na favela São Remo, no Butantã, zona oeste, foram encontradas três bombas caseiras de alto potencial destrutivo, feitas com extintores de incêndio. Outra quadrilha desbaratada roubava 60 celulares por dia. A Divisão Anti-Seqüestros também prendeu quatro integrantes da quadrilha que seqüestrou o filho de 16 anos do empresário Ari Natalino, proprietário do Grupo Petroforte. Entre os presos está um soldado da Polícia Militar de 32 anos.

No total, 1.675 pessoas foram detidas no estado durante a operação e mais de 2.000 em todo o país. Desse total, 700 serão encaminhadas ao sistema prisional. Os demais, foram autuados e responderão inquérito em liberdade por terem cometido crimes considerados de menor gravidade. O delegado Mario Jordão Leme, disse que foram desbaratadas quadrilhas perigosas que agiam em SP. O enfoque da megaoperação em todo o país, segundo ele, foi no desmantelamento e prisão de membros de quadrilhas de seqüestradores, traficantes, além de homicidas, estupradores e assaltantes.

Ponto de tráfico

Na casa onde foram encontradas as bombas, funcionava um ponto de tráfico de drogas. O diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), Everardo Tanganelli Júnior, disse que o barraco era comandado por um "piloto" (gerente) do crime organizado em São Paulo.

- Além de produzirem a droga no lugar, como uma refinaria, o lugar também funcionava como distribuidora de drogas - afirmou Tanganelli.

Nos extintores de incêndio transformados em bombas foram colocados pavios e substâncias explosivas que a polícia ainda deve identificar. Também foram achados e apreendidos 10 quilos de maconha, 10 quilos de cocaína, duas armas, um rifle calibre 22 e munições.

Pm era membro de bando de seqüestradores

O delegado Wagner Giudice, da Divisão Anti-Seqüestros disse que a quadrilha presa durante a operação nesta sexta seqüestrou o filho do dono do grupo Petroforte no dia 9 de fevereiro, quando ele saía de sua academia de ginástica acompanhado de seu motorista, no Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo. A família pagou o resgate e a vítima foi libertada no dia 18 de março.

Segundo a polícia, Juscelino Lopes de Lima, de 31 anos, é o único preso com passagem, por roubo. O segurança Amarildo dos Santos Moraes, de 30 anos, trabalhou para a família há seis meses, e o motorista Edmílson dos Santos Duarte, era funcionário da família, mas deixou o emprego há um ano. O PM Cílio Curvino Bacelar, de 32, atuava em Taboão da Serra, Grande São Paulo, e está detido no presídio Romão Gomes.Quadrilha roubava 60 celulares por dia

Seis integrantes de uma quadrilha que furtava aparelhos celulares da Vivo por meio de um golpe dentro de uma empresa prestadora de serviços para a operadora também foram presos pela 4ª Delegacia de Furtos do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic). Segundo a polícia, os bandidos chegavam a roubar mais de 60 celulares por dia, e os aparelhos eram revendidos em uma loja em São Bernardo do Campo, no ABC.

O delegado Jan Plzaq, responsável pelas prisões, contou que Cléber José da Silva e Alexandre de Azevedo Morais passavam informações sobre reclamações de aparelhos com defeito registrados na empresa Mobitel, que presta esse serviço para a Vivo. Funcionários do atendimento ao consumidor da empresa, ambos relatavam ao resto da quadrilha onde a Mobitel teria de recolher celulares com defeito, segundo o delegado. Então, a quadrilha mandava um motoboy próprio para recolher os aparelhos, realizando os furtos. Segundo delegado, o bando também vendia informações do cadastro da Mobitel para golpistas, por R$ 1,5 mil a cada 10 pessoas.Presos ladrões de contêineres em Santos

Oito integrantes de quadrilha especializada em roubo de produtos importados em contêineres que aguardavam liberação da Receita Federal no Porto de Santos foram presos. Eles são acusados de participar de esquema que substituía as mercadorias por sacos de areia, só descobertos quando os compradores abriam os contêineres nos destinos finais. Os crimes chegaram a ser atribuídos à máfia chinesa mas, no ano passado, a polícia descobriu que o esquema acontecia no Brasil.

O delegado Alberto Pereira Mateus explicou que os contêineres ficavam no armazém da empresa Libra, enquanto aguardavam liberação para os portos de Camaçari, na Bahia, e de Vitória, no Espírito Santo. De lá, ilegalmente, os contêineres seguiam em caminhões "jacaré" para o depósito da Repcom, especializada em manutenção dos compartimentos, segundo Mateus. O produto do roubo, na maioria eletrodomésticos, pneus, bebidas, perfumes e tecidos, era levado a depósito na Vila Olímpia (zona oeste da Capital), de Artur Celso de Souza que, diz a polícia, esquentava as mercadorias. Segundo o delegado, o "empresário do crime" Albano Leite dos Santos, conhecido na sociedade santista, era o primeiro receptador, e servia de elo entre Santos e a capital.

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