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O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, evitou polemizar com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que, durante a apresentação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nesta segunda-feira, cobrou de Meirelles a queda de juros, uma reivindicação do mercado, segundo Mantega. O presidente do BC disse ter interpretado de forma positiva a cobrança.

- Encarei como uma manifestação de confiança do ministro na capacidade do Banco Central de entregar a inflação na meta, de forma consistente e continuada - disse Meirelles, que não quis comentar a previsão do mercado de que a taxa de crescimento possa atingir 4,5% este ano.

Até março, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente, está mantida a previsão parcial de 3,8%. Meirelles também não comentou a queda, na prática, da meta do superávit primário de 4,24% para 3,75% do PIB:

- Isso será discutido pelo Copom. Não vou pré-anunciar nada.

Ao contrário dos governadores, que se queixaram de não participarem das discussões das medidas contidas no pacote, Meirelles disse que o Banco Central foi convidado a expor seus pontos de vista, principalmente sobre aqueles relacionados às medidas fiscais. Ele disse ainda que o PAC inaugura uma nova fase da economia brasileira:

- É um movimento extremamente positivo, na direção correta. O importante é que o Brasil começa agora a tomar medidas para aumentar o crescimento, enquanto, no passado, nós discutíamos como sair da crise.

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