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A estudante Priscila Aprígio, 13 anos, baleada nesta quarta-feira (28) durante tiroteio em um banco da Avenida Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, telefonou para a mãe após ser atingida por uma bala no abdome.

"Ela chegou a ligar para a mãe e avisou que tinha levado o tiro. Alguém discou o número para ela", contou a tia, Doralice Machado, de 33 anos.

Priscila está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Alvorada e corre o risco de ficar paraplégica. A tia contou que os médicos avisaram a família que o tiro atingiu a medula óssea. "Mas com um milagre de Deus, ela recupera os movimentos. Ela é muito nova", disse. Os médicos ainda não tem um diagnóstico.

Doralice contou que a sobrinha, que mora em Embu, na Grande São Paulo, foi a um dentista na Avenida Ibirapuera, próximo ao banco. Ela pediu que a prima a acompanhasse, mas, com a demora na resposta, decidiu ir sozinha. Priscila saiu por volta das 16h do consultório e caminhou até o ponto de ônibus.

No trajeto, ligou para a mãe e avisou que estava indo para casa. Alguns minutos depois, Maria de Fátima Aprígio recebeu um novo telefonema da filha, que avisava que tinha sido baleada. Ainda no ponto de ônibus, Priscila pediu aos policiais que não a deixassem morrer.

Assim que recebeu o telefonema da polícia, a tia pegou carona em uma moto e foi a primeira a chegar ao hospital. Priscila já estava inconsciente e não falou mais com a família. Os pais da jovem puderam vê-la depois da cirurgia que retirou a bala. "Hoje ela (a mãe de Priscila) está mais calma. Ela precisa ser forte", diz Doralice.

A família quer saber mais detalhes do tiroteio que feriu a jovem. "A gente quer saber de onde partiu o tiro, só isso", disse a tia.

Crime

O assalto no banco Itaú da Avenida Ibirapuera começou quando um dos bandidos rendeu a gerente. Ele obrigou a funcionária do banco a abrir a porta da agência para outros assaltantes. De acordo com a polícia, o grupo estava fortemente armado. Entre as armas, havia um fuzil 762. A polícia acredita que até oito pessoas possam ter participado da ação.

A polícia afirma que o tiroteio começou depois que um cliente que estava em um dos caixas eletrônicos percebeu o assalto. O homem, que estava vestido de terno, sacou uma arma, reagiu e baleou um dos bandidos. Na fuga, o grupo saiu atirando e quatro pessoas ficaram feridas do lado de fora da agência. O homem que iniciou o tiroteiro ainda não foi identificado.

Além de Priscila, outras três pessoas que estavam na rua ficaram feridas. Raimundo José Jesus, de 39 anos, que também foi levado ao Hospital Alvorada, levou um tiro na perna. O quadro dele é estável. Ele e Maria Erenildes, de 38 anos, atingida de raspão no joelho, estavam dentro de um ônibus no momento da ação.

Fábio Ferreira Nascimento, de 28 anos, foi baleado no punho e na coxa quando estava dentro de um Verona no cruzamento da Alameda dos Arapanés com a Rua Macuco, após reagir à abordagem de um dos assaltantes que estava armado com um fuzil 762. Ele e a mulher de 38 anos foram encaminhados para o pronto-socorro do Hospital São Paulo.

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