Menos de 15 pessoas pessoas compareceram à manifestação programada para acontecer a partir das 17 horas dessa sexta-feira (19) em frente ao Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR), na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico em Curitiba. No início, apenas dois estavam no local. Outras pessoas chegaram por volta das 18 horas. Os organizadores não compareceram.
"Acho que faltou guarda-chuva na cidade", brinca Francisco França, um dos poucos que foram ao local. Chove e faz frio na capital nesta sexta-feira. "Para uma das primeiras tentativas de contestar o TC, acho que não está tão ruim", disse, em relação à baixa adesão ao ato. "Vamos ver de marcar um novo protesto em outro horário. Esse foi muito ruim, não tem ninguém aqui no TC."
Quase mil usuários haviam confirmado presença no evento do protesto no Facebook até as 16h30. O objetivo era pedir nova eleição para conselheiro do TC-PR após a escolha do ex-deputado Fabio Camargo na segunda-feira (15).
Além de discordarem do modo como se deu o processo de eleição, os manifestantes pedem revogação da eleição até que se alterem os critérios do pleito. O texto da página no Facebook, diz que o Tribunal de Contas existe para coibir a corrupção, mas "vive amarrado ao corporativismo de políticos representantes de um tempo que já se foi".
A página pede representantes do povo no Tribunal. "Sem TCE atuante, sem fiscalização adequada e nada nunca acontecerá para mudar, a impunidade predominará", ressalta o texto.
Posse será na segunda
Camargo toma posse como conselheiro do TC-PR na próxima segunda-feira (22), às 15 horas, na sede do órgão. A cerimônia de posse acontece apenas uma semana depois de ele ser eleito na Assembleia Legislativa.
Polêmica
A eleição de Camargo para o TC pode acabar indo parar na Justiça. Isso porque, pelas regras da Assembleia, o escolhido para o cargo deve ter os votos de metade dos deputados presentes no plenário mais um. Durante a eleição, os 54 deputados registraram presença, mas Camargo e o outro deputado na disputa, Plauto Miró (DEM), decidiram não votar.
Com isso, o presidente da Casa, Valdir Rossoni, contou como votantes apenas 52 deputados e considerou suficientes os 27 votos obtidos por Camargo para anunciar ele como o eleito. Miró, porém, questiona o resultado. Ele alega que Camargo deveria ter obtido 28 votos para ser declarado vencedor.