Tal como no Paraná, a indicação de parlamentares envolvidos em denúncias causaram polêmica na Câmara Federal e na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O deputado federal João Paulo Cunha, denunciado no caso do mensalão, vai presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal. Já o pivô do escândalo dos atos secretos do Senado, Agaciel Maia (PTC), foi escolhido por unanimidade para presidir a Comissão de Economia, Orçamento e Finanças da Câmara do DF, a mais importante da Casa.
"João Paulo Cunha foi eleito com muitos votos em São Paulo e tem todas as condições de exercer bem qualquer função", afirmou o líder do PT na Câmara, deputado federal Paulo Teixeira (SP), ao anunciar a escolha. O mensalão seria o pagamento de propinas a parlamentares para garantir votos em favor de projetos do governo federal durante o mandato do presidente Lula. O caso deve ser julgado no Supremo Tribunal Federal ainda nesta ano.
Já Agaciel Maia, que presidiu ontem a primeira reunião da comissão, terá poder para analisar, fiscalizar e propor ajustes sobre o orçamento de R$ 19 bilhões anuais do DF. É de sua alçada ainda sabatinar indicados para conselheiros do Tribunal de Contas e para presidir o Banco de Brasília (BRB).
Os atos secretos no Senado eram editados para nomear aliados e parentes de senadores, incluindo do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), aumentar rendimentos de servidores e criar cargos.
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