Complexo da Papuda, em Brasília, onde parte dos condenados do mensalão cumpre pena| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

José Genoino e Delúbio Soares, presos no complexo da Papuda, em Brasília, receberam na manhã de hoje visita de familiares e amigos. Do lado de fora do presídio, esposas de presos que já aguardam o momento para entrar no local reclamaram da diferença de tratamento.

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A visita aos presos acontece às quartas e quintas-feiras, mas desde a madrugada algumas mulheres já se posicionam em frente ao portão de acesso da Papuda. A intenção é entrar o quanto antes para ter mais tempo com os maridos e filhos - o tempo da visitação é entre 9h e 17h.

Na manhã desta terça-feira (19), familiares dos condenados no mensalão tiveram acesso ao local na companhia de parlamentares. "Eu não considero um privilégio. Direitos humanos é um padrão de todos e todas, independente do partido", disse o deputado Paulão (PT-AL), que visitou os petistas na manhã de hoje.

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Ele contou que o líder do PT na Câmara, José Guimarães (PT-CE), irmão de Genoino, também foi ao local, além da esposa do deputado licenciado e seus três filhos. A mulher e o irmão de Delúbio também teriam visitado o ex-tesoureiro do PT.

"Ela tem que pegar fila como nós, passar pelas mesmas coisas que a gente passa", disse Patrícia (nome fictício), 32. Há 13 anos, ela visita o marido no local, preso por latrocínio.

"É muito constrangedor ficar aqui nessa situação", conta Camila (nome fictício), 22. Há três meses, ela visita o marido na Papuda. Já habituada às exigências para ingresso no local, ela leva numa sacola os itens que tem entrada autorizada: frutas, biscoito, sabão em pó, sabonetes, papel higiênico e pasta de dente.

Banho de sol

Durante a manhã, as duas mulheres presas no processo do mensalão, a banqueira Kátia Rabello e a ex-funcionária de Marcos Valério, Simone Vasconcellos, tiveram direito a banho de sol.

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Ontem, elas foram transferidas para o 19º Batalhão da Polícia Militar, também dentro do complexo da Papuda. Questionado, o comandante do batalhão afirmou que não poderia confirmar a identidade das presas "por questão de segurança". Segundo ele, as mulheres têm direito a duas horas diárias de sol.