Uma semana depois de escapar da cassação por envolvimento no valerioduto, o deputado José Mentor (PT-SP) pode responder a novo processo de cassação no Conselho de Ética. A Corregedoria da Câmara abriu nesta terça-feira uma investigação sobre a denúncia feita ao Ministério Público de São Paulo pelo doleiro Richard Andrew de Mol van Otterloo de que deu R$ 300 mil ao petista para evitar que seu nome fosse incluído no relatório final da CPI do Banestado, da qual José Mentor era relator.
O corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), notificou o deputado petista, que terá prazo de cinco sessões para apresentar sua defesa. Nogueira vai aguardar a resposta de Mentor para decidir se abre uma sindicância. O corregedor considerou a denúncia muito grave.
- É uma denúncia gravíssima. Vamos dar o direito de defesa ao deputado Mentor. Mas se o caso for consistente, abriremos sindicância. A cobrança de propina por um deputado é caso de cassação de mandato. Mas a denúncia tem que ser comprovada - afirmou Ciro Nogueira.
Para integrantes do Conselho de Ética, a nova denúncia reforça o relatório que pediu a cassação de Mentor. Para o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho, o deputado petista pode mesmo sofrer um novo processo de cassação.
- Esta notícia é a comprovação de que o Conselho de Ética estava certo. Quando o julgamento não é justo, como o do plenário que absolveu Mentor, os fantasmas ficam. Isso mostra que o assunto não foi encerrado no plenário - disse Izar.
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