Mercadante defende força-tarefa para conter crime organizado em SP

A crise na área de segurança em São Paulo, com a segunda onda de ataques do crime organizado em dois meses, voltou a entrar na pauta da campanha dos candidatos ao governo do estado nesta quinta-feira. O candidato do PT, Aloizio Mercadante, defendeu criação de uma força-tarefa para combater o crime organizado. Segundo ele, a força-tarefa deve incluir os governos federal e estadual, o Ministério Público federal e estadual e as polícias federal, militar e civil. Para o candidato, as autoridades paulistas subestimam a facção criminosa que comanda os ataques. Leia aqui as críticas do petista.

Perguntado que medida adotaria se assumisse o governo do estado em meio a uma onda de atentados, ele afirmou que o problema não tem uma solução imediata, pois depende de um trabalho de longo prazo. Mercadante participou de uma missa pela morte de agentes penitenciários, realizada pelo sindicato da categoria, em Santana.

Nesta quarta-feira, a crise da segurança já havia esquentado os debates. Mercadante criticou a gestão tucana ao comentar o terror vivido pela população.

- A segurança é um direito fundamental do cidadão, que está sendo violado pelos avanços das organizações criminosas e pela incompetência na política de segurança nos 12 anos de governo do PSDB/PFL. Foram mais de 600 mortes desde o início dos ataques. Isso é inaceitável - disse Mercadante, por meio de sua assessoria de imprensa.

José Serra (PSDB), por sua vez, voltou a atacar o governo federal. Segundo ele, houve corte de 40% nas verbas dos fundos de segurança e penitenciário a serem repassadas ao estado. Serra afirmou ainda que o governo federal também deveria erguer presídios em São Paulo, mas fez apenas um, "que nem funcionando está".

- O governo federal deveria cuidar do contrabando de drogas e de armas, que são a base do crime organizado, e não tem feito isso. Tem feito demagogia, é trololó, é falar, mas fazer que é bom, não faz - disse Serra.

O ex-prefeito disse ainda que o efetivo da Polícia Federal é insuficiente e que não tem sequer helicóptero para atuar em São Paulo.

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