O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, classificou nesta quinta-feira como “incidente político grave” o embate entre o ex-ministro da Educação Cid Gomes e deputados na Câmara, na quarta-feira, que levou à demissão de Cid. Mercadante disse que o governo não queria a saída do aliado, mas que agora é preciso tocar em frente. “É da vida pública, da democracia. Foi um incidente político grave, que evidentemente prejudicaria muito o MEC na permanência do ministro. Depois da sessão que vimos ontem e de todo o debate muito acalorado em torno da relação entre o ministro e o Congresso Nacional”.
“Não é o que nós desejávamos, acho que ninguém desejava que isso pudesse se transformar no episódio que tivemos, mas aconteceu. A política é assim, tem que virar a página, tocar para frente a Educação”, afirmou Mercadante, após receber um prêmio na embaixada da Espanha em Brasília.
Mercadante negou que a demissão de Cid tenha sido fruto de pressão do PMDB, que coordenou o enfrentamento ao ex-ministro, que havia ido ao plenário da Câmara explicar sua declaração de que há “400 achacadores” na Casa. “A decisão de demissão foi ele que tomou. Ele achava que não havia mais condições políticas, porque a presença dele prejudicaria a relação do Congresso Nacional com o MEC. Foi uma iniciativa dele e foi imediatamente acatada pela presidente, porque, evidentemente, nós tínhamos o mesmo diagnóstico”, afirmou.
Sobre os rumores de que Mercadante poderia deixar a Casa Civil para voltar ao comando do MEC, cargo que ocupou no primeiro governo da presidente Dilma Rousseff, ele também negou: “Não comento, tenho trabalho demais para me preocupar com essas coisas”, respondeu.
O prêmio foi dado a ele por conta de sua atuação como ministro da Educação, em 2013, mas só hoje Mercadante foi receber.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula