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O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em resposta a questionamentos da Justiça Federal do Distrito Federal, disse que nunca tratou da tramitação de três medidas provisórias (MPs) que beneficiaram o setor automotivo. Ele foi arrolado como testemunha na ação penal da Operação Zelotes, que investiga, entre outras coisas, a possível negociação dessas MPs.

Por ocupar cargo de ministro, Mercadante, assim como outras 11 autoridades arroladas como testemunhas, não são obrigadas a comparecer na audiência. Eles podem responder por escrito. Foi o lobista Eduardo Valadão, réu na Zelotes, que pediu para ouvir Mercadante. O ministro disse não conhecê-lo. “Por fim, exclusivamente considerando o nome Eduardo Gonçalves Valadão, registro que não reconheço referido cidadão, e, portanto, posso assegura que nunca tratei do assunto em tela, ou de qualquer outro, com essa citada pessoa”, escreveu Mercadante.

Em relação à MP 471/2009, Mercadante disse que não participou da votação dela (na época ele era senador), uma vez que estava afastado da atividade parlamentar por ordens médicas. Sobre a MP 512/2010, ele disse que ela foi aprovada em 2011, quando não era mais senador e ocupava o posto de ministro da Ciência e Tecnologia. Mercadante sustentou também que o ministério não tinha relação com o assunto. Já a MP 627/2013 é da época em que ele foi pela primeira vez ministro da Educação, pasta que também não tinha relação com o tema.

Além de Mercadante, apenas o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) já respondeu os questionamentos por escrito. Ele mandou um ofício informando que não tem nada a declarar sobre os fatos investigados. A presidente Dilma Rousseff, outra testemunha que pode responder por escrito, ainda não se manifestou. Desde segunda-feira, outras 24 testemunhas já prestaram depoimentos eu audiências na Justiça Federal do DF.

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