A demora na definição de um candidato que ajude a impulsionar a campanha presidencial da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) em São Paulo já preocupa o PT. Depois do pito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que às vésperas do Natal acusou o partido de cometer "grave erro" ao não repetir nomes para o governo paulista, os petistas entraram em polvorosa. A partir daí, cresceu o movimento pela candidatura do líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante, à sucessão do governador José Serra (PSDB).
"Até hoje, a ausência de uma liderança deixou de potencializar as ações em prol do palanque da Dilma em São Paulo. Porém, a partir de agora essa lacuna já começa a atrapalhar", afirmou o presidente do PT paulista, Edinho Silva. Não é só: ele vai propor que uma comissão formada por integrantes dos partidos aliados converse até o início de fevereiro com Ciro Gomes (PSB-CE) para saber se o deputado será ou não candidato ao Palácio dos Bandeirantes.
Embora Mercadante já esteja em campanha por um segundo mandato no Senado, o dirigente do PT acredita que ele pode mudar de posição a pedido de Lula. Mesmo se referindo ao ex-ministro Antonio Palocci, hoje deputado, e ao prefeito de Osasco, Emídio de Souza, como "bons candidatos", Silva fez questão de sublinhar os pontos favoráveis do senador: "Mercadante é o nome mais construído no PT.
O senador disputou o governo de São Paulo contra o então prefeito Serra, em 2006, e não quer nem ouvir falar na corrida ao Bandeirantes. "Sou candidato à reeleição", insiste Mercadante.
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