Ao optar pelo senador Aloizio Mercadante para disputar o governo do estado, os petistas adotam atitude semelhante à da cúpula do PSDB na escolha do candidato à Presidência da República. Embora José Serra aparecesse à frente de Geraldo Alckmin nas pesquisas na disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a direção tucana decidiu em favor do ex-governador.
No caso da disputa pelo governo paulista, a ex-prefeita Marta Suplicy tinha 18% das intenções de voto na pesquisa divulgada pelo Ibope no dia 3, atrás apenas de Serra, com 48%. Já Mercadante aparece com 8%, tendo à frente o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), com 9%, e Serra na liderança, com 50%.
Os tucanos evitaram opinar em público sobre a decisão petista.
- Esse é um assunto interno do PT. Para nós, tanto faz - resumiu Alckmin.
Mas a escolha foi considerada boa para os planos tucanos. O partido entende que nova polarização entre Marta e Serra era desfavorável ao tucano, que deixou a Prefeitura 15 meses após assumi-la. O PSDB entende, ainda, que a candidatura do senador enfraquece a crítica à renúncia de Serra.
- Mercadante não poderá cobrar Serra porque também está se propondo a deixar o Senado - disse o deputado tucano Pedro Tobias.
- Ele não vai poder usar o fato de Serra ter abandonado o mandato. O mesmo vai ser usado contra ele - disse Marta em entrevista ao 'Diário de S.Paulo'.
Mercadante elegeu-se senador em 2002 com 10,4 milhões de votos. Seu suplente é José Baccarin, ex-deputado estadual e ex-prefeito de Jaboticabal.
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