São Paulo (Folhapress) Uma eventual demissão do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, deve ser acompanhada pela escolha de um nome "político". Ou seja, alguém com bom trânsito no governo e no PT, mas também capaz de ter jogo de cintura suficiente para lidar com a oposição.
O mercado financeiro olha com simpatia para a indicação de Murilo Portugal, secretário-executivo da Fazenda, ou até Joaquim Levy, secretário do Tesouro, cujo nome foi considerado para um cargo no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
No entanto, para Alexandre Póvoa, diretor do Modal Asset Management, "dificilmente a opção será por um bom técnico", avaliou. A opinião do economista não está isolada. Entre os analistas, circula o boato de que o senador Aloízio Mercadante (PT-SP) poderia surgir como substituto ao ministro Palocci. "As chances de Palocci sair não são pequenas, mas acredito que qualquer um que vier a substituí-lo não terá margem para mudanças radicais", afirmou Adauto Lima, do banco West LB. Mas, se Mercadante não traz pânico ao mercado, não deixa de provocar certo desconforto devido ao seu histórico de críticas à atual condução da política econômica.