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A Secretaria-Geral da Mesa não reconheceu a eleição do deputado Waldemir Moka (PMDB-MS) para a liderança da bancada do partido na Câmara e manteve o cargo vago, seguindo liminar do Supremo Tribunal Federal (STF). Em eleição com voto secreto, Moka obteve na quarta-feira o apoio de 35 dos 44 votantes. A bancada tem 83 deputados. O deputado Wilson Santiago (PMDB-PB) defende o agendamento de uma nova eleição, pois Moka não teria tido maioria absoluta dos votos, necessário para assumir a liderança do partido. A maioria absoluta representa o apoio de 42 deputados.

- A eleição não teve valor legal. O Regimento Interno diz que o líder deve ter a maioria absoluta - sustentou Santiago.

Moka rebate que Wilson Santiago concordou em realizar a eleição pelo voto secreto, mas não compareceu à reunião.

- Ele assinou um documento, convocou a eleição e não foi. Mesmo assim, fizemos o quorum - disse.

O deputado sul-mato-grossense avalia que foi prejudicado pela Mesa e vai pedir que a decisão seja reconsiderada. Ele observa que a eleição foi invalidada por causa da conferência de apenas uma assinatura, do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

- É um excesso de zelo, já que a eleição foi pública e gravada pela TV Câmara - lembrou.

A principal reclamação de Santiago é que a eleição foi realizada no mesmo dia da reunião da Executiva do partido e da votação do processo contra o ex-presidente da Câmara e deputado João Paulo Cunha (PT-SP), o que teria prejudicado o quorum.

- Só participaremos de uma eleição em que os candidatos e grupos envolvidos se comprometam em construir a unidade da bancada. Não pode haver radicalização - disse.

Uma liminar do STF suspendeu, em 27 de março, a lista de assinaturas que recolocou Wilson Santiago no cargo. A lista tinha o apoio de 43 dos 82 deputados da bancada na época.

Wilson Santiago havia sido destituído da liderança depois de ter apoiado o adiamento das prévias do partido para escolher o pré-candidato à Presidência da República. O ato foi considerado uma traição da ala oposicionista do PMDB, que defende candidatura própria.

Com a destituição de Santiago, Moka tornou-se líder após obter o apoio, em lista de assinaturas, de 51 dos 82 deputados da bancada. Ao assumir o cargo, Moka teve como primeira iniciativa convocar uma eleição para confirmar sua liderança pelo voto secreto.

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