Por sete votos a zero, a Mesa Diretora do Senado decidiu nesta quinta-feira (20) encaminhar para o Conselho de Ética a quarta representação impetrada em menos de 100 dias contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente da Casa. Desta vez, o presidente da Casa é acusado de envolvimento com um esquema de arrecadação ilegal de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.
"Eu vejo que a primeira denúncia (arquivada por decisão do plenário) era mais complexa em termos de indícios e a terceira (que já tramita no Conselho de Ética) também. Essa me parece mais superficial", afirmou o primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana (PT-AC).
A denúncia acatada pela Mesa Diretora foi apresentada pelo PSOL. Ela se fundamenta em declarações do advogado Bruno Lins, ex-marido de uma assessora do gabinete de Renan. O caso agora segue a mesma tramitação das outras representações.
O presidente do Conselho de Ética, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) deve indicar um relator. Caberá a este relator produzir um parecer que deverá ser analisado pelo órgão disciplinar. Em caso de pedido de cassação, a matéria segue para o plenário.
Acusações
O segundo vice-presidente, Álvaro Dias (PSDB-PR), defendeu na reunião da Mesa a unificação dos três processos, que ainda tramitam no Senado. Este e outros dois um que trata da suposta sociedade de Renan, por meio do uso de laranjas, com o usineiro João Lyra para o comando de emissoras de rádio e de um jornal em Alagoas e a denúncia de tráfico de influência para o suposto favorecimento junto ao INSS para que a cervejaria Schincariol instalasse uma fábrica em Alagoas. "Nós ganharíamos tempo, encurtaríamos os prazos e terminaríamos com esta tragédia o mais rápido possível.", argumentou Dias.
A proposta, no entanto, não foi bem recebida na Mesa. Conforme Tião Viana, todos os processos devem ser votados no mesmo dia, mas cada um deles com seu parecer individual.
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