Curitiba Alguns voluntários que trabalharam como mesários na eleição de ontem reclamaram do kit de alimentação distribuído pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). Ao contrário das eleições passadas, os voluntários não receberam vale refeição. O kit, para alimentá-los das 7 às 18 horas, era composto de salgadinhos, biscoitos doces, barras de cereal, leite achocolatado e sucos de caixinha.
No Colégio Decisivo, na rua Comendador Araújo, os mesários fizeram um protesto colando cartazes nas seções: "Se possível, depois de votar faça sua contribuição com nosso almoço", e "Contribua para o nosso almoço, o TRE não deu almoço para nós". Os cartazes foram removidos, às 15 horas, quando o fiscal de prédio avisou aos mesários que a atitude constituia crime eleitoral. A estudante Carolina de Araujo Guilgen, que trabalhou como mesária pela terceira vez, prostestou: "Crime é nos deixar sem comida." Na mesma seção de Carolina, trabalhou o estudante Alberto Santo de Goes, que é vegan (não come derivados de animal). "Meu caso é apenas um exemplo ilustrativo de porque o TRE não pode simplesmente nos passar qualquer alimento sem nos consultar." Ele teve de pagar sua própria refeição, já que não podia comer vários dos itens incluídos no kit alimentação.
De acordo com a assessoria de imprensa do TRE, o referendo "foi uma experiência em diversos aspectos, e se eventualmente algumas das medidas não funcionaram, serão mudadas para a próxima eleição." O TRE também alega que houve uma precaução em conter gastos neste referendo. No entanto, afirma que o conjunto de produtos apresentados no kit é mais caro que R$ 7,00 valor recebido pelos mesários nas eleições anteriores. "Não houve muito corte neste custo (das refeições)", afirma o TRE.
A assessoria informou também que foi feita uma sondagem com os mesários das eleições anteriores, quando se verificou uma insatisfação dos voluntários porque muitos, principalmente os das áreas mais afastadas do centro e do interior do estado, não conseguiam efetuar a troca do ticket refeição.
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