Com o cerco da Operação Lava Jato se fechando ao redor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT vive um dilema similar ao que viveu no fim da década passada: a sucessão presidencial.
Não há no partido outro nome considerado viável o suficiente para suceder a presidente Dilma Rousseff nas próximas eleições.
Em certos aspectos, a situação é parecida à que ocorreu no final do mandato de Lula. Os nomes mais cotados para a sucessão do ex-presidente, principalmente José Dirceu e Antônio Palocci, caíram em desgraça após denúncias de corrupção.
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Entretanto, os últimos desdobramentos não significam que Lula tenha saído de cena. Juridicamente, para se tornar inelegível, ele teria que ser condenado em segunda instância até a data da eleição – assim, seria enquadrado pela lei da Ficha Limpa.
Politicamente, ao mesmo tempo que as acusações a Lula deterioram sua imagem com grande parte do eleitorado, elas fortalecem a tese de perseguição usada pelo PT.
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