Os petistas favoráveis à cassação de Cunha dizem que até o final do dia esperam recolher 40 assinaturas na bancada.| Foto: /

Apesar da tentativa de bastidores do Palácio do Planalto de dialogar com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), cerca de metade da bancada de deputados federais do PT aderiu nesta terça-feira (13) ao movimento que protocolará o pedido de cassação do mandato do peemedebista.

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Reunido em um dos plenários da Câmara, o partido decidiu não apoiar oficialmente o pedido de cassação, que será apresentado nesta terça pelo PSOL ao Conselho de Ética da Câmara, mas liberou os deputados a assinar individualmente o documento.

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Em poucos minutos, 28 deputados do PT -de uma bancada de 62- assinaram a representação do PSOL, o que vai elevar o número de parlamentares favoráveis ao “fora, Cunha”. Na semana passada, eram 30, de sete partidos.

Os petistas favoráveis à cassação de Cunha dizem que até o final do dia esperam recolher 40 assinaturas na bancada.

A divisão no PT é resultado de um cálculo político. Apesar de a maioria da bancada ser favorável ao “fora, Cunha” e ver no presidente da Câmara um adversário, o partido avalia que não é politicamente prudente afrontar o peemedebista neste momento.

O líder da bancada do PT, Sibá Machado (AC), tentou demover petistas de assinar o documento, mas sem sucesso. Sobre uma suposta tentativa de acordo entre governo e Cunha, ele desconversou: “Pode passar a imagem que quiser, mas essa foi a posição que tomamos”.

Cabe a Cunha decidir se terá ou não sequência na Câmara um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Nesta terça, porém, o rito estabelecido por ele sofreu um revés ao ser barrado liminarmente (em caráter provisório, até julgamento colegiado) por ministros do Supremo Tribunal Federal.

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Sibá deixou claro que se Cunha autorizar a deflagração do processo de impeachment, o partido partirá para o ataque à luz do dia. “Se vier esse ponto, estamos preparados para o embate necessário, na Câmara e nas ruas.”

Cunha terá o pedido de sua cassação tornado oficial nesta terça devido à suspeita de que ele se beneficiou de desvios de recursos da Petrobras. Ele nega participação em irregularidades.