Pelo menos metade dos estados pretende aumentar os gastos com publicidade em 2013, ano que antecede a eleição para governador. De acordo com levantamento feito com 23 dos 26 governos estaduais, além do Distrito Federal, 12 têm planos de incrementar a verba com propaganda institucional e de utilidade pública neste ano. O Paraná não está nesta lista.
Em média, o gasto com divulgação deve crescer 37,35%. Nas propostas orçamentárias enviadas para as Assembleias Legislativas em dezembro do ano passado, os 24 governadores preveem destinar R$ 1,4 bilhão (cerca de R$ 750 milhões nos 12 estados onde haverá aumento real) para propaganda são R$ 7,60 por habitante. Em 2011, o primeiro ano dos atuais mandatos, os valores, atualizados pela inflação, eram de R$ 1,18 bilhão.
Elevação da média
Os anos pré-eleitorais são importantes como parâmetro para analisar os gastos com publicidade. Em 2014, haverá eleição para escolher governadores e o presidente da República, e a legislação impõe restrições para o aumento exagerado desse tipo de despesa. Os gastos com comunicação, em ano eleitoral, não podem ultrapassar a média dos três anos anteriores. Além disso, a lei impõe outras restrições à publicidade governamental, entre as quais autorizar a propaganda nos três meses anteriores à eleição. Por isso os anos pré-eleitorais costumam jogar a média de gasto com publicidade para cima.
Dos 12 estados onde há previsão de aumento dos gastos com propaganda neste ano, sete têm governadores que são potenciais candidatos à reeleição: os tucanos Geraldo Alckmin (SP), Marconi Perillo (GO) e Simão Jatene (PA) e os petistas Tarso Genro (RS) e Tião Viana (AC), além de Camilo Capiberibe (AP), do PSB, e Raimundo Colombo (SC), do PSD. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), também previu despesas maiores com publicidade em 2013 e poderá concorrer de novo ao cargo.
Volume
São Paulo, com R$ 226 milhões; Distrito Federal, com R$ 138 milhões; e Bahia, com R$ 117 milhões, são as unidades da federação com a maior previsão de gastos com publicidade em 2013. Na média, porém, o governo paulista vai destinar R$ 5 por habitante para comunicação. É um dos menores orçamentos per capita do país. Nesse aspecto, o Distrito Federal deve ser o campeão, com R$ 54 por brasiliense. Na Bahia, o custo per capita é de R$ 8.
Na contramão, estão estados que orçaram despesas menores neste ano isso não quer dizer que não haverá suplementações orçamentárias no decorrer de 2013. Tocantins, por exemplo, prevê cortar 46% do orçamento com propaganda neste ano. Os R$ 32 milhões orçados em 2012 passaram para R$ 17,2 milhões em 2013. No Rio de Janeiro, também houve queda de 37% na previsão dos gastos: de R$ 127 milhões em 2012 para R$ 80 milhões neste ano. O governador Sérgio Cabral (PMDB) não pode ser candidato à reeleição.
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