Para minimizar os efeitos da greve anunciada para a meia-noite desta quarta-feira (13), o Metrô preparou um plano de emergência que consiste. Em vez de os ônibus integrados pararem nas estações para pegar passageiros os coletivos irão direto para o Centro de São Paulo.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também anunciou na noite desta quarta um plano especial para tentar facilitar a vida dos passageiros: irá estender o funcionamento dos trens nos horários de pico, caso seja necessário.
Pela manhã, o período considerado mais crítico é entre 5h e 8h. À tarde, vai de 17h até 20h. A CPTM também suspendeu o serviço do ônibus Ponte Orca, que opera nas estações da Vila Madalena, Cidade Universitária e Barra Funda (todas na Zona Oeste), fazendo a ligação entre trem e metrô.
Ainda de acordo com a CPTM, a estação Corinthians-Itaquera, na Zona Leste, ficará fechada e haverá reforço policial algumas estações.
Greve
A decisão pela paralisação saiu após assembléia realizada na noite desta quarta. Os metroviários reivindicam reajuste salarial e contratação de mais funcionários. A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) anunciou plano especial de funcionamento das linhas de ônibus se a greve for confirmada.
O Metrô e governo do Estado propuseram a redução do índice de reajuste salarial de 3,59% para 3,37%, mas os sindicato da categoria não aceitou a proposta. De acordo com a assessoria de imprensa do Metrô, os trens transportam, diariamente, cerca de três milhões de pessoas.
O secretário-geral do sindicato dos metroviários, Pedro Augustinelli, disse que é esperada a adesão de pelo menos 80% dos cerca de 7,3 mil funcionários.
De acordo com Augustinelli, as equipes que trabalham a partir da madrugada são orientadas a não entrar em serviço. Ele disse que ônibus providenciados pelo sindicato circularão entre as estações para buscar os metroviários que ficarão sem transporte.
Os metroviários pedem, além do reajuste salarial, a readmissão de diretores afastados durante a última greve, a instituição de um plano de carreira, contratação de novos funcionários, pagamento de produtividade, equiparação de salários e jornadas de trabalho para funções iguais.
De acordo com o secretário-geral, a greve é "resultado do esgotamento das discussões com o Metrô". Ele admitiu a possibilidade de que a greve seja interrompida ainda na quinta-feira em caso de determinação judicial ou reestabelecimento do diálogo com o governo. "A gente sabe a hora de começar, mas de terminar ninguém sabe", disse Augustinelli.
Ônibus
A Secretaria Municipal de Transportes (SMT) e a São Paulo Transporte (SPTrans) divulgaram nota afirmando que, se for confirmado o movimento grevista, será colocado em ação o "Plano de Apoio Entre Empresas Frente a Situações de Emergência (Paese) para suprir a ausência do Metrô no transporte coletivo da cidade".
De acordo com a nota, "algumas linhas integradas aos terminais do Metrô farão o trajeto dos bairros até o centro da cidade, além das linhas que normalmente já se deslocam até o centro". Além disso, a SMT informa que as concessionárias de ônibus vão operar com a frota máxima durante todo o dia.
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