Como já era esperado, o deputado Michel Temer (SP) foi reeleito presidente nacional do PMDB para o biênio 2007/2009. Dos 602 votos apurados, Temer recebeu 598. Houve dois votos em branco e dois nulos. O boicote do grupo que defendia a candidatura do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim, foi menor do que o esperado.

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Jobim desistiu de concorrer á presidência às vésperas da eleição. No entanto, alguns convencionais de estados ligados ao presidente do Senado, Renan Calheiros, e ao senador José Sarney não votaram.Impasse

A desistência de Jobim levou o partido a um impasse. As relações entre a ala governista e o PT também ficaram estremecidas. O encontro de Geddel com o presidente Lula foi o estopim para Jobim abandonar a disputa. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador José Sarney (PMDB-AP), que o apoiavam, não apareceram na convenção durante a manhã.

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"Eu os convidaria. É um momento extraordinário, de grandeza estupenda. Poderiam vir aqui revelar a força estupenda que o PMDB está revelando na convenção", disse Temer, ao comentar a ausência dos dois.

"São duas lideranças entre tantas outras presentes", disse Geddel, minimizando a ausência da dupla. "Vamos estar todos juntos", disse, em seguida, baixando o tom.

2010

O presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), defendeu, pela manhã, que o partido tenha um candidato próprio nas eleições de 2010.

"O partido vai construir uma candidatura própria e vai construir dentro da coalizão. Nosso desejo é que tenhamos candidato à presidência apoiado por todos os partidos da coalizão. Tenho ouvido muita gente de outros partidos fazendo a mesma afirmação, ou seja, o candidato pode sair da coalizão. Como maior partido da coalizão, o PMDB é o primeiro que vai postular essa candidatura", disse Temer, ao chegar à convenção.

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"Esse exercício de ‘futurologia’ faz parte da política, mas é evidente que o governo Lula tem três meses que tomou posse. Falar sobre sucessão em 2010 é algo que não vai levar a nada. A gente às vezes está bem hoje, amanhã não está bem", discordou o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que deve assumir o Ministério da Integração Nacional. Chinaglia

O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), compareceu à convenção. E discursou, rendendo elogios ao PMDB.

"Quando o PMDB abriu mão para a segunda maior bancada para escolher o presidente da Câmara demonstrou uma visão estratégica e a capacidade de fazer aliança. Por isso sou eternamente grato à bancada do PMDB. Temer, mesmo sendo reeleito, vai dar sangue novo para a nova fase do país", declarou, em discurso.

Contrariado

Visivelmente contrariado por não ter conseguido uma vaga na Executiva Nacional do PMDB, o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (RJ) deixou a convenção nacional do partido sem dar entrevista. Ele foi preterido pela bancada do Rio, que optou pelo nome do deputado Nelson Bournier (RJ).

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A saída para o impasse foi costurada em uma reunião durante o evento, com a presença do presidente Michel Temer. A solução encontrada por Temer foi dar a um aliado de Garotinho, o deputado Geraldo Pudim, a vaga do Rio Grande do Norte. Até agora, no entanto, Garotinho não disse se aceitará essa proposta.

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