O vice-presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira que tenha relações próximas com o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Jorge Zelada, como disse o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em depoimento à Polícia Federal nessa quinta-feira. Em nota, a assessoria de imprensa de Temer afirma que ele “repudia veementemente as declarações do senador Delcídio do Amaral”.
O texto explica que Zelada foi apresentado a Temer em 2007, quando foi levado à presidência do PMDB após ser indicado para o cargo na estatal. No entanto, a nota afirma que o “presidente do PMDB não o indicou nem trabalhou pela sua manutenção no cargo”.
Zelada é acusado de receber propina e teria chegado à diretoria com apoio do PMDB de Minas, segundo delatores.
Na conversa gravada pelo filho de Nestor Cerveró, que culminou com a prisão do senador, Delcídio afirma que Temer havia conversado com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, pois estava preocupado com a situação de Zelada.
“Agora, agora, Edson (Ribeiro, advogado de Cerveró), Bernardo, é, eu acho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei com o Teori (Zavascki, ministro do Supremo), conversei com o (ministro Dias) Toffoli, pedi pro Toffoli conversar com o Gilmar (Mendes, outro ministro do STF). O Michel (Temer, vice-presidente da República) conversou com o Gilmar também, porque o Michel tá muito preocupado com o (ex-diretor da Petrobras Jorge) Zelada, e eu vou conversar com o Gilmar também”, afirmou o senador na conversa gravada.
Delcídio disse à PF que tinha informações de que o vice-presidente seria próximo a Zelada. Questionado que relações próximas seriam essas, o senador não quis se manifestar.