Curitiba Cerca de 10 mil militares (homens e mulheres) do Exército, Marinha e Aeronáutica estão participando desde domingo da Operação Pampa 2006, que ocorre simultaneamente no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São batalhas navais, aéreas e terrestres. Manobras de uma guerra convencional, com características ofensivas.
A operação envolveu o deslocamento de tropas e de equipamentos como aviões, navios, tanques e caminhões para o Rio Grande do Sul e tem um custo estimado em R$ 6 milhões. A operação vai até esta terça-feira, 14 de novembro, e servirá para o Ministério da Defesa avaliar os procedimentos operacionais das três forças.
O general do Exército Carlos Alberto Pinto Silva, comandante militar do Sul e do teatro de Operações Sul, disse que as manobras servem para adestrar a tropa e também à estratégia da dissuasão. "Elas (as manobras) mostram que temos Forças Armadas unidas e capazes de ser empregadas", afirmou.
A Marinha deslocou 3.500 militares, 14 navios, um submarino e 10 helicópteros para o "teatro de operações" na região do Porto de Rio Grande (RS). O comando é do 5.º Distrito Naval, que tem apoio de uma divisão de esquadra do Rio de Janeiro. Hoje, cerca de 1,2 mil militares embarcados num navio de transporte de tropas no Porto de São Francisco do Sul (SC) desembarcam no Porto de Rio Grande.
A Aeronáutica tem 550 militares, 55 aeronaves e 14 unidades aéreas participando do combate no Rio Grande do Sul. A Força Aérea ficará na base de Canoas (RS) e atacará os "inimigos" na base aérea de Santa Maria (RS).
O Exército, que comandará o teatro de operações, terá no exercício cerca de 5,8 mil militares de três divisões, sete brigadas e 80 unidades. A 6.ª Divisão do Exército terá a participação de militares da Brigada de Infantaria Pára-quedista do Rio de Janeiro, da 1.ª Brigada de Artilharia Antiaérea do Guarujá (SP), da Brigada de Operações Especiais de Goiânia (GO), do Comando de Aviação do Exército de Taubaté (SP), da 1.ª Companhia de Guerra Eletrônica de Brasília, do 6.º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes de Formosa (GO), além das brigadas subordinadas das 3.ª e 5.ª divisões.
Para as operações, o contingente será dividido em dois comandos. Um deles é o vermelho, menor, responsável por movimentos táticos que vão provocar as operações do segundo. No comando azul estará a maioria dos militares treinando ataques terrestres e aéreos, transposição de cursos dágua e defesa de portos e territórios. Além das ações no interior e litoral do Rio Grande do Sul, haverá simulação eletrônica de combates em Curitiba.
O dia mais movimentado deve ser a quinta-feira, com operações ofensivas terrestres em Santiago (RS), defesa e controle do porto de Rio Grande e ações aéreas de interdição e de apoio às forças de superfície.
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