O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta terça-feira (2) que se a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fosse presidente da República, implantaria não o programa Bolsa-Família, e sim "o Bolsa-Latifúndio". A senadora, que é presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entrou com representação na Justiça contra Minc, acusando-o de crime de responsabilidade por ter chamado os ruralistas de "vigaristas".
Em entrevista, Kátia Abreu afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria demitir o ministro do Meio Ambiente. "Quanto a pedir minha destituição... um pequeno problema, porque o presidente do Brasil é o presidente Lula. Se fosse ela - a Kátia Abreu -, a gente não teria o Bolsa-Família, mas a Bolsa-Latifúndio. Quanto à minha manutenção no cargo de ministro felizmente, é o presidente Lula que resolve isso, e ele já resolveu, e fico até o fim do governo.
Após participar de reunião no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) com outros ministros sobre licença para a Usina Hidrelétrica de Jirau (Rondônia), Minc disse que mantém "uma ótima relação" com a senadora, que lhe deu "um presente lindo" - um prato artesanal feito de capim dourado do Jalapão (Tocantins). O ministro disse que utiliza esse prato todos os dias, no café da manhã, e que retribuirá o presente dando à senadora um peça de artesanato feita em unidade de conservação ambiental.
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