Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) constatou que o Ministério da Saúde ignorou o fato de que estava vencida há dois anos a licença de funcionamento da Labogen, laboratório ligado ao doleiro Alberto Youssef, ao aprovar parceria com ele.

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O caso veio à tona no início da Operação Lava Jato, no ano passado, depois que mensagens interceptadas pela Polícia Federal mostraram Youssef pedindo ao então deputado André Vargas, hoje sem mandato e sem partido, para atuar junto ao então ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em favor da parceria. A auditoria ocorreu depois da revelação dos fatos da Lava Jato.

O trabalho detectou que uma equipe do ministério visitou a Labogen em setembro de 2013 e, na ocasião, constatou que a licença de funcionamento da vigilância sanitária local teve sua validade expirada em março de 2011. Mesmo assim, a parceira foi aprovada no ministério em dezembro de 2013, aponta a CGU.

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O relatório diz ainda que o projeto executivo da Labogen não dá detalhes sobre o trabalho e que os critérios de aprovação da parceria não são claros, “problema que se repete em outras parcerias”.

O Ministério da Saúde informou que a parceria da Labogen foi suspensa antes da assinatura do contrato, apesar de ter sido aprovada pela pasta, e que sindicância interna não encontrou indícios de favorecimento à empresa.