Brizola Neto: missão de evitar criação de sindicatos de “gaveta”| Foto: Agência Brasil

O recém-empossado ministro do Trabalho, Brizola Neto (PDT-RJ), afirmou nesta terça-feira (8) que a pasta perdeu prestígio e ficou de fora de decisões importantes, como a desoneração da folha de pagamento prevista pela política industrial Brasil Maior e o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica e ao Emprego (Pronatec), que foi lançado no ano passado.

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"O Ministério do Trabalho deixou de participar de questões fundamentais", declarou, após reunião com as centrais sindicais para debater, entre outros pontos, regras mais rígidas para a criação de sindicatos no Brasil.

"Pretendo resgatar [o prestígio da pasta]. As centrais vieram aqui também para expor suas sugestões de como o ministério irá recuperar o seu protagonismo", disse o ministro a jornalistas.

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Brizola Neto declarou que pediu à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à Força Sindical, entre outras centrais, que façam uma lista das regras que creem ser necessárias para a abertura de sindicatos no Brasil e que sejam apresentadas em 15 dias à pasta. "Hoje a concessão de registro aos novos sindicatos tem um caráter subjetivo muito forte. É necessário um conjunto de regras específicas e claras", defendeu.

Atualmente existem quase 10 mil sindicatos no Brasil, e no ano passado, segundo o ministro, houve mais de 1,2 mil pedidos de registro para novas entidades. "As novas regras devem ser baseadas no princípio de representatividade. O que não pode acontecer é que tentem tirar a legitimidade do sindicalismo. O sindicalismo não pode ser criminalizado", ponderou.

Sobre a extinção do imposto sindical, defendida pela CUT, Neto declarou que ainda não há consenso entre as centrais. "Não vamos nos negar a discutir, mas ainda não há maioria sobre essa questão".