O processo de execução orçamentária é demorado. Primeiro há a autorização da Fazenda. Depois cada ministério faz o empenho dos valores, a liquidação e, por fim, o pagamento dos serviços executados. A garantia do investimento está mesmo na liquidação, já que é nesta fase que são emitidas as faturas para o pagamento das prestadoras de serviços. O levantamento feito pelo Sinicon, com dados do Sistema de Informações Gerenciais Avançadas do Senado e da Comissão de Infra-Estrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que entre os ministérios com menor volume empenhado, liquidado e pago está o de Minas e Energia. Das dotações iniciais, apenas 14,53% haviam sido empenhados até 15 de novembro; 11,34%, liquidados; e 11,26%, pagos. Os números foram influenciados especialmente pelo orçamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP), cujas liquidações e pagamentos não passaram de 5,4% do previsto.
O Ministério dos Transportes conseguiu gastar um pouco mais. Mas ainda está aquém das necessidades do setor, que convive com as péssimas condições da estradas, esgotamento dos portos e baixa capacidade das ferrovias. De acordo com o Sinicon, 61% das dotações iniciais foram empenhadas; 36,28% liquidadas; e 34,61% pagas.
Na área de saneamento básico, do Ministério de Cidades, a situação é caótica. Dos R$ 3,4 bilhões contratados em 2003 e 2004, apenas R$ 387 milhões foram desembolsados. Do orçamento de 2005, R$ 3,15 bilhões, nada foi contratado.
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