A ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, voltou a defender nesta quinta-feira, Dia Internacional das Mulheres, uma reforma política que traga igualdade de gênero em cargos legislativos de votação proporcional (câmaras de vereadores, assembleias estaduais e Câmara dos Deputados). Ela também classificou como "escravocrata" o trabalho doméstico no Brasil e defendeu a regulamentação de convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que prevê que os domésticos passem a ter os mesmos direitos dos demais trabalhadores.
"Para nós é fundamental a regulamentação do trabalho doméstico. Estamos buscando no Congresso Nacional ampliar os direitos trabalhistas. Fazer com que o trabalho doméstico passe a ser efetivamente como qualquer outro e que os domésticos tenham os direitos garantidos e que deixe de ser um trabalho escravocrata", disse a ministra no programa "Bom Dia, Ministro", na NBR.
Em relação à reforma política, a expectativa da ministra é que os partidos sejam obrigados a apresentar listas fechadas de nomes, alternando as candidaturas de homens e mulheres. Com a nova forma de apresentação de candidatos, ela espera que as mulheres ocupem 50% dos cargos em disputa, proporção maior que os 30% estabelecidos pelo regime de cota.
"Só assim as mulheres conseguirão participar da vida pública nas casas legislativas".
A proposta de reforma política, relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-DF), está parada desde outubro do ano passado na comissão especial dedicada ao tema. Lideranças políticas discutem a possibilidade de fazer consulta pública sobre as mudanças no próximo ano ou em 2014.
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