A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou nesta terça-feira ao ex-vice-presidente dos Estado Unidos Al Gore a proposta brasileira para que os países que diminuíram o desmatamento, como o Brasil, recebam incentivo financeiro dos países ricos. A ministra, no entanto, afirmou que o Brasil não aceitará a idéia apresentada no Reino Unido de que parte da Amazônia seja vendida para grupos que possam preservá-la.
- A Amazônia não está à venda - disse a ministra.
A ministra disse, após o encontro com Al Gore, que o Brasil vai reduzir o desmatamento na Amazônia em 11% este ano, depois de aperfeiçoar uma série de políticas que objetivam evitar os crimes ambientais na Amazônia, inclusive com o rastreamento da região via satélite. Marina Silva pediu apoio do ex-vice-presidente dos EUA para ajudar os países em desenvolvimento a obterem ajuda para preservar suas florestas. O projeto será apresentado na 12ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em novembro, em Nairobi, no Quênia.
Al Gore não falou com os jornalistas ao final do encontro, realizado no hotel Sofitel, em São Paulo.
Marina Silva também saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ela, os ataques do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, em debates e nos programas de TV estão mostrando "a face da arrogância" do partido.
- Tenho ficado muito feliz com a posição do presidente Lula. Em primeiro lugar, de não aceitar provocações, de não ser desrespeitoso com o adversário. E de buscar oferecer a outra face. Para a face da arrogância uma boa dose de humildade é sempre muito bom.
Ela avaliou como positiva a decisão do PDT de liberar a militância do apoio a um candidato.
- Como historicamente a militância do PDT tem uma identidade muito grande com o trabalho do presidente Lula, isso tem feito com que o militante fique mais à vontade para fazer as suas escolhas - disse ela, referindo-se à decisão do partido de não apoiar Alckmin, como queria grande parte das lideranças pedetistas.
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