A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, vai definir se Suzane von Richthofen aguardará o julgamento em liberdade. De acordo com a assessoria de imprensa do STF, a própria ministra vai avaliar o pedido de hábeas-corpus impetrado pelos advogados de defesa da jovem nesta segunda-feira. O STF encontra-se em período de recesso e, por isso, quase todos os casos estão sendo analisados pela própria presidente do órgão em vez de serem distribuídos aos ministros. Não há data marcada para a ministra avaliar o caso.
Suzane teve o benefício da prisão domiciliar cassado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última quinta-feira, dia 29 de junho. Ela agora está presa no Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior paulista. Suzane confessou ter participado do assassinato dos próprios pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002. Ela teria aberto a porta de casa e dado o sinal para que os irmãos Cristian e Daniel Cravinhos matassem o casal. Os três têm julgamento marcado para o próximo dia 17 de julho.
O advogado de Suzane, Mauro Nacif, afirmou que anexou ao pedido de liberdade provisória um boletim de ocorrência provando que a jovem se entregou à polícia espontaneamente.
- Também anexamos o voto do ministro Nilson Naves (STJ) que não vê motivo para uma nova prisão. Suzane nunca ameaçou o irmão (Andreas von Richthofen, com quem disputa a herança), não tentou fugir e nem fez qualquer coisa que justificasse a prisão enquanto esteve em liberdade - afirmou o advogado.
Suzane ganhou a liberdade provisória em meados de 2005, mas voltou para a prisão em abril deste ano, depois de dar uma entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, no qual aparece sendo orientada pelos advogados a chorar. O Ministério Público pediu a prisão por acreditar que a jovem poderia tentar fugir do país depois da veiculação da entrevista. O promotor Roberto Tardelli ainda afirmou que ela representava uma ameaça a Andreas.
A prisão foi decretada em primeira instância, mas revogada temporariamente no final de maio, por decisão do ministro Nilson Naves, que a beneficiou a prisão domiciliar. Na quinta-feira passada, por três votos a um, a Sexta Turma do STJ revogou a prisão domiciliar concedida por Naves e Suzane voltou para a prisão.
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