O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, voltou a mostrar, nesta quarta-feira (30), durante entrevista, o mesmo perfil melancólico apresentado no fim do ano passado durante outra fala com a imprensa. Ele voltou a dizer, por exemplo, que o fator previdenciário poderá entrar na pauta do Congresso ainda este ano, mas admitiu que o acordo firmado inicialmente com as lideranças partidárias "esfriou".
"Qual a chance de colocarmos a reforma da Previdência como prioridade no Congresso? O Congresso tem royalties, Fundo de Participação dos Estados (FPE), o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a cassação de deputados... ", citou. "O Congresso vai se ver em pauta tão emergencial, que vamos ficar no nosso lugar da fila esperando que essas coisas aconteçam", continuou.
Para o ministro, a agenda econômica estará sempre em primeiro lugar na pauta e isso faz com que a reforma da Previdência fique relegada a segundo plano. "Mas não posso deixar de acreditar nisso (na reforma). Da minha parte, há uma certa frustração, mas tenho de acreditar. Por que estou aqui, afinal? Só pagar benefício?", questiona.
Por isso, Garibaldi enfatizou que espera aprovação do fator previdenciário ainda este ano. "Para mim, a prioridade é a reforma da Previdência. Acho que o País precisa disso. Não é que eu esteja clamando no deserto, mas estão gritando mais alto e algumas pautas estão pedindo socorro", brincou, acrescentando que, dessa forma, a concorrência é desleal. "Vou continuar lutando por isso, mas não tenho como impor essa pauta. Se a presidente me chamar, eu direi, mas eu a compreendo."
O ministro disse ainda que ficou muito animado com os avanços de sua pauta quando houve a votação do Funpresp. "Achei que íamos aproveitar o embalo", lembrou. "Parecia até mais difícil e aconteceu."
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