Brasília (AE) Em seu depoimento no Senado, o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, fez uma alerta. "É necessário dizer a verdade dos fatos: se não reduzir a despesa corrente, a única saída para o país será o aumento da carga tributária, como já foi feito no passado." As despesas correntes são todas aquelas relacionadas com os pagamentos de salários do funcionalismo, com os gastos de custeio da máquina e com os gastos de custeio nas demais áreas, como educação, saúde e saneamento. As despesas correntes não incluem os investimentos públicos, inclusive em infra-estrutura, e os pagamentos de juros.
Segundo Palocci, não é necessário um arrocho fiscal adicional no futuro, mas apenas que o ajuste seja explicitado como um compromisso de longo prazo do Brasil. "Se colocarmos, numa lei ou numa emenda constitucional, que o Brasil não vai se descuidar das contas públicas e que nos próximos 10 anos, a União reduzirá suas despesas correntes em 0,2% ou 0,3% do PIB, criaremos condições para uma redução imediata dos juros e criaremos condições para o crescimento sustentado."
Países como a Irlanda e como o Chile, que explicitaram ajustes fiscais de longo prazo, tiveram crescimento mais forte da economia e puderam aumentar os gastos na área social, lembrou Palocci.
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