O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, defendeu que a realização de protestos pela país seja feita sem “ódio” ou “posturas golpistas”. Cardozo afirmou que o governo tem tolerância com as críticas e ressaltou não ver razões jurídicas para o impeachment da presidente Dilma Rousseff. As declarações ocorrerão em resposta a questionamentos sobre as manifestações convocadas para o próximo domingo, dia 15.
“Nesse momento em que muitas pessoas querem mostrar sua insatisfação com relação ao governo e outras querem mostrar sua satisfação, é legítimo que se manifestem, desde que o façam de forma pacífica. Da mesma forma, o respeito às regras democráticas também deve estar colocado neste processo, que se manifestem dentro da lei, dentro da ordem, com respeito às autoridades constituídas e afastem-se quaisquer posturas golpistas”, disse o ministro.
“O governo tem essa tolerância com as pessoas que criticam o governo e gostaríamos muito que as pessoas que criticam o governo não fizessem uma ação de ódio, de raiva, que expressem suas ideias democraticamente. Vamos nos tolerar e dentro do possível vamos buscar convergência”, complementou.
Questionado se considerava golpismo pedir o impeachment de Dilma, Cardozo destacou a legitimidade da reeleição da presidente. “Nós tivemos uma eleição legitimamente feita. A democracia existe no país e não existem quaisquer razões jurídicas para que se mude esse quadro que está posto”, afirmou.