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Cardozo também não quis avaliar o possível afastamento de Vaccari do cargo. | UESLEI MARCELINO/REUTERS
Cardozo também não quis avaliar o possível afastamento de Vaccari do cargo.| Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou nesta quarta-feira (15) que a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, não traz preocupação ao governo. O petista foi detido na manhã desta quarta (15) na 12ª fase da Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras.

A fala de Cardozo segue estratégia definida pelo Palácio do Planalto de tratar a prisão como algo dentro da “normalidade” no âmbito de investigações autônomas da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. “Um governo que apoia as investigações jamais fica preocupado”, afirmou o ministro.

O petista afirmou que foi comunicado sobre a nova ação da PF no início da manhã pelo diretor-geral da corporação, o delegado Leandro Daiello e, em seguida, repassou a informação à presidente Dilma Rousseff. Em relação à reação de Dilma, Cardozo desconversou. “Apenas foi informada”.

Cardozo também não quis avaliar o possível afastamento de Vaccari do cargo. A saída do petista deve ser discutida nesta quinta pelo comando do PT, em São Paulo. “Na condição de ministro da Justiça, não posso tecer nenhuma consideração não só sobre o partido ao qual estou filiado, mas sobre qualquer outro”, afirmou.

Sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato, o ministro disse que o governo espera que tudo seja apurado. “Eu acho que enquanto existirem fatos a apurar, que se faça a apuração”, disse. “Apenas digo que há um desejo não só meu, mas da sociedade brasileira, que tudo seja esclarecido, que a verdade venha à tona que todos que praticaram atos ilícitos sejam punidos, os que não praticaram sejam absolvidos”, completou.

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