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| Foto: ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABr/ELZA FIUZA AGENCIABRASIL-ABr

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta terça-feira (21) ao diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, que investigue reclamação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que apontou que a advogada da Odebrecht, Dora Cavalcanti, foi impedida de acompanhar depoimento do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.

A determinação atende a um pedido da OAB, que enviou uma “solicitação de providências” ao ministério e à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedindo investigação sobre o fato. O empresário foi convocado a depor sobre um bilhete, entregue à sua defesa no dia de sua prisão, no qual ele pedia: “destruir email sondas”. Segundo a Polícia Federal, a advogada não poderia participar do depoimento porque, como integrante da defesa do empresário, era a destinatária da mensagem.

OAB afirma que advogados da Odebrecht sofreram “desrespeito ao sigilo profissional”

A Procuradoria Nacional de Defesa das Prerrogativas, órgão da OAB, manifestou objeção ao episódio e ressaltou que não cabe às autoridades policiais ou judiciais impor restrição ao direito do empresário de escolher seu defensor.

O Ministério da Justiça divulgou nota sobre a abertura do “procedimento investigatório”. “Em todos os casos em que houver denúncias de possíveis irregularidades, cabe ao ministro da Justiça, zelando pela legalidade e o Estado Democrático de Direito, determinar a apuração do ocorrido. Assim fiz e continuarei procedendo”, diz, na nota, o ministro.

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