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"A missão do governo é promover a campanha do desarmamento. O plebiscito é proposta lançada pelo presidente do Senado, o governo não tem por que entrar nesta discussão." José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
"A missão do governo é promover a campanha do desarmamento. O plebiscito é proposta lançada pelo presidente do Senado, o governo não tem por que entrar nesta discussão." José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Uma semana após o massacre da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse ontem que a campanha do desarmamento, antecipada de julho para maio, vai comprar as armas dos proprietários e ainda estuda o caminho jurídico para adquirir também munições. Cardozo evitou, no entanto, se manifestar sobre a proposta do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de repetir neste ano o plebiscito sobre o desarmamento. Em 2005, a consulta popular rejeitou a proibição do comércio de armas de fogo no país.

Cardozo reconheceu que o número insuficiente de policiais federais e que as falhas no controle das fronteiras dificultam a repressão ao tráfico de armas, mas disse que o governo tenta superar essas carências com eficiência de gestão e com ações integradas tanto entre os estados como com os países que fazem fronteira com o Brasil.

"A missão do governo é promover a campanha do desarmamento. O plebiscito é proposta lançada pelo presidente do Senado, o governo não tem por que entrar nesta discussão, que é do Congresso Nacional", afirmou Cardozo, que esteve no Rio de Janeiro para abertura de um seminário sobre liberdade na Academia Brasileira de Filosofia.

Na próxima segunda-feira, Cardozo vai se reunir com representantes da sociedade civil para definir os detalhes da campanha do desarmamento e definir a meta de armas que deverão ser recolhidas até o fim do ano. "Vamos adquirir armas dos que se dispuserem voluntariamente a vendê-las. Estamos discutindo tecnicamente a compra de munição. Não diria que é enxugar gelo. Toda vez que realizamos campanha de desarmamento, cai o nível de homicídios", afirmou o ministro da Justiça.

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