O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, telefonou para seu colega de partido, o governador do Acre, Tião Viana (PT), para comunicar sobre a Operação G-7, da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta-feira (10), que investiga supostas fraudes em licitação no Estado.
Na operação, foi preso o sobrinho do governador Tiago Paiva, que é diretor de Análise Clínica da Secretaria Estadual de Saúde.
O ministro afirmou que "é praxe" comunicar altas autoridades quando as operações envolvem seus governos e que a ligação foi feita às 8h, horário de Brasília (7h no Acre), quando a operação já estava em curso.
O ministro disse que não comentou com o governador que o sobrinho dele seria um dos alvos porque "a PF age com absoluta liberdade".
Também foram presos o secretário de Obras do governo do Acre, Wolvenar Camargo, e outros servidores públicos.
Segundo a PF, foram desviados R$ 4 milhões de contratos que somam R$ 40 milhões.No caso Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete da presidência da República, o ministro também avisou, mas pessoalmente, a presidente Dilma Rousseff.
Na ocasião, ele também explicou que se trata de uma praxe. O gabinete que Rose, como é conhecida, ocupava no escritório da presidência em São Paulo foi vasculhado pela PF na Operação Porto Seguro.
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