Ministro já propôs banir palavras estrangeiras e criar o Dia do Saci

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Deputado federal desde 1991, o novo ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), cumpre o seu sexto mandato na Câmara. Ao longo de sua trajetória política, se notabilizou por ter ocupado cargos importante do mesmo modo que ficou famoso por ter proposto projetos de lei irrelevantes.

Aldo, um nacionalista ferrenho, foi autor do projeto de lei que criava o Dia Nacional do Saci-Pererê. A ideia era substituir o Halloween, o Dia das Bruxas, comemorado em países como os Estados Unidos e que já é celebrado no Brasil. Para Aldo, o Saci era uma figura mitológica mais condizente com as tradições brasileiras.

Outro projeto de cunho nacionalista de Aldo foi o que bania todos os estrangeirismos da língua e obrigava brasileiros a utilizar-se de palavras do português sob pena de ser multado. Caso fosse aprovada, a lei proibiria, por exemplo, que a Copa do Mundo de Futebol fosse chamada assim – afinal, futebol é uma palavra de origem inglesa.

Outra proposta, conhecida por Pró-Mandioca, tornaria obrigatória a adição de 10% da raspa da mandioca na farinha de trigo usada no pão francês. O motivo, novamente, era nacionalista: incentivar o uso de uma planta 100% brasileira e diminuir a dependência do país em relação ao trigo importado.

Cargos importantes

A despeito dos projetos polêmicos, Aldo Rebelo ocupou cargos importantes em sua trajetória política. Esta será a segunda vez que ocupará um ministério. De janeiro de 2004 a julho de 2005, Aldo foi ministro de Relações Institucionais do primeiro governo Lula.

Aldo foi eleito presidente da Câmara em setembro de 2005 depois do escândalo que derrubou Serevino Cavalcanti. Em 2007, ele tentou se reeleger mas perdeu a disputa para o petista Arlindo Chinaglia.

Nos últimos dois anos, destacou-se no debate politico por ter sido relator do Código Florestal, quando foi criticado principalmente pelos ambientalistas, embora tenha sido elogiado por ruralistas.

Neste ano disputou uma vaga no Tribunal de Contas da União (TCU), mas perdeu para a deputada Ana Arraes (PSB-PE). Antes de ser deputado, ele foi vereador de São Paulo entre 1989 e 1991.

De 1980 a 1981, ele foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 2008, foi candidato a vice-prefeito na chapa derrotada de Marta Suplicy (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Ele chegou a estudar por quatro anos a Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas, sem completar o curso. Nascido em Alagoas em 1956, Aldo se apresenta como jornalista, escritor e deputado eleito por São Paulo. Aldo se filiou ao PCdoB em 1985, quando deixou, após cinco anos, o PMDB.

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