O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, aproveitou viagem que fez a Cuba no carnaval deste ano, em missão oficial, para levar a mulher e o filho a bordo de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Em nota, Aldo Rebelo confirmou a viagem. Mas disse que "não foi passear", e sim "trabalhar". Apesar disso, não explicou por que levou a mulher e o filho se nenhum dos dois representa o país. A notícia do uso de avião da FAB para Cuba transportando o ministro e familiares foi publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. A viagem durou de 9 a 13 de fevereiro.
Em nota divulgada à imprensa, Aldo informou que sua mulher e seu filho viajaram porque também teriam sido convidados pelo governo cubano para participar das programações, mas que nenhum dos dois representou o governo brasileiro.
O ministro ainda listou todos os seus compromissos em Havana uma longa agenda que incluiu visitas a autoridades e especialistas sobretudo da área esportiva de Cuba. Segundo a nota do ministro, nesses encontros foi acertada a criação de grupos de trabalho e intercâmbio entre Brasil e Cuba para preparação dos atletas brasileiros e da infraestrutura esportiva no país para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.
As explicações não convenceram a oposição ao governo Dilma Rousseff. O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), classificou a carona como "injustificável". Ele pediu ainda a regulamentação rigorosa para o uso dos aviões da FAB e devolução aos cofres públicos do dinheiro referente à passagem dos familiares do ministro.
O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) pediu "transparência" no uso de aviões da FAB. "É inaceitável o uso de bem público para fins privados", afirmou. "É preciso acabar de uma vez por todas com o uso indevido de aviões da FAB", disse o líder do PPS na Câmara, o deputado Rubens Bueno (PR).
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