De acordo com reportagem publicada nesta domingo pelo jornal 'O Globo' , o advogado do ministro Paulo Medina, Antônio Carlos de Almeida Castro, informou neste sábado que seu cliente já admite afastar-se por conta própria, para não constranger o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Medina é acusado de integrar um esquema de venda de sentenças à máfia dos bingos e caça-níqueis, descoberto nas investigações da Operação Hurricane, da Polícia Federal. O destino do ministro será selado nesta semana.

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A decisão caberá ao presidente do STJ, ministro Raphael Gomes de Barros, que deverá submeter sua posição ao crivo da corte especial do tribunal — composta pelos 21 ministros mais antigos (ao todo, são 33). O colegiado também decidirá se abrirá ou não uma sindicância interna para apurar o eventual envolvimento de Medina no esquema.

Se for poupado pelos colegas, o ministro poderá pedir o afastamento de suas atividades enquanto as investigações judiciais não forem concluídas. Medina está licenciado de suas atividades pelo período de 20 de abril a 18 de maio. Ele apresentou ao tribunal um atestado médico relatando problemas de saúde para justificar a temporada longe de seus afazeres.

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Neste sábado a "Folha de S.Paulo" publicou uma reportagem levantando nova suspeita acerca conduta do magistrado. Segundo o jornal, uma escuta feita pela Polícia Federal revelou que o ministro teria telefonado a uma assessora na véspera do julgamento de um habeas corpus , pedido pelo contrabandista Law Kin Chong e por sua mulher, Miriam Law, para dizer que gostaria de mudar o voto dele.

Na última sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal (TSF) notificou o irmão do ministro, o advogado Virgílio Medina, que também foi preso durante a Operação Hurricane . A pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, o advogado foi incluído no inquérito do STF. Apesar de não ter direito a foro privilegiado, Virgílio responde pelos mesmos crimes supostamente cometidos pelos magistrados investigados no STF no esquema de venda de sentenças judiciais.