O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Paulo Medina pediu nesta sexta-feira licença de 28 dias para tratamento de saúde. De acordo com a assessoria do STJ, o ministro foi examinado por dois médicos do tribunal, que atestaram a necessidade do tratamento. A pedido de Medina, a assessoria não divulgou qual o problema de saúde que vai afastar o ministro do trabalho até 18 de maio.
Cabe agora ao presidente do STJ, Raphael de Barros Monteiro, acatar ou não o pedido. Nesta quinta-feira o presidente do STJ pediu ao ministro do Cézar Peluso, do STF, uma cópia do inquérito da Operação Hurricane . A partir da análise do material, Monteiro Filho decidirá se abre ou não uma investigação interna no STJ sobre Medina, irmão do advogado Virgílio Medina, um dos 25 presos na operação da PF.
"Diante do noticiário que vem sendo veiculado na mídia, envolvendo membro desta Corte e com vistas a um posicionamento por parte do tribunal, solicito de vossa excelência informações e elementos referentes ao inquérito", diz o ofício que o presidente do STJ enviou a Peluso.
Uma gravação da Policial Federal revela uma conversa entre Virgílio e um advogado ligado a importadoras de máquinas caça-níqueis em que uma decisão judicial a favor dos empresários do jogo é negociada pro R$ 1 milhão . No mesmo período, Paulo Medina concedeu liminar liberando 900 máquinas apreendidas anteriormente pela PF.
Nesta quarta-feira, o advogado do ministro do STJ negou qualquer envolvimento do ministro com o esquema . De acordo com ele, o dinheiro que o ministro recebeu de seu irmão foi um empréstimo pessoal. O relatório da PF registra que o ministro teria recebido R$ 440 mil de Virgílio.
Segundo o advogado do ministro, o dinheiro foi um empréstimo feito para pagar parte do apartamento onde Medina mora com a família em Brasília. O advogado afirmou ainda que a transação não pode ser relacionada com compra de sentença judicial porque o empréstimo teria sido feito em 2004 e a liminar foi concedida em agosto de 2006.
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