O ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu nesta quarta-feira (17), durante depoimento na Câmara dos Deputados, a apuração de eventuais irregularidades para punir os "verdadeiros culpados" e retirar a "nuvem de suspeita" que paira sobre a sua pasta. "Conclamamos as autoridades responsáveis pela apuração de eventuais irregularidades com o máximo rigor e a maior velocidade possível para punir os verdadeiros culpados e retirar do ambiente do turismo a nuvem de suspeita que assombra", disse o ministro. Ele participa de audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor, Fiscalização Financeira e Controle, e de Turismo e Desporto. Os deputados ouvem o ministro sobre denúncias de corrupção relacionadas ao ministério. Novais afirmou que a primeira preocupação que teve ao assumir o comando da pasta foi fazer uma administração "correta". Sobre as denúncias de irregularidades na pasta, ele afirmou que foram adotados "critérios mais rigorosos" para a prestação de contas de ONGs. Ele disse ainda que está sendo feito um "esforço concentrado" para que convênios já firmados sejam reavaliados. Na semana passada, a Polícia Federal prendeu 36 pessoas na Operação Voucher, para investigar desvio de verbas com o suposto envolvimento de servidores e integrantes da cúpula do Ministério do Turismo, além de entidades privadas. A operação teve como objeto um contrato de R$ 4,4 milhões do ministério com uma ONG, para formação de 1,9 mil agentes de turismo no Amapá. Segundo a Polícia Federal, o dinheiro era desviado para empresas de fachada. Entre os presos, estava o secretário-executivo da pasta, Frederico da Silva Costa, número dois na hierarquia do Ministério do Turismo. Ele deixou a prisão na sexta-feira, após o Tribunal Regional Federal da 1ª Região conceder um habeas corpus.

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Defesa

A fala de Novais foi precedida de um comunicado do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), que, junto com os presidentes das três comissões, tomou lugar na mesa da audiência conjunta. Alves disse que veio em "solidariedade" ao ministro e pediu aos deputados que perguntassem o que quisessem. "Ele [Novais] só sairá quando todos os questionamentos forem respondidos", afirmou Alves. Novais iniciou sua apresentação com um relato de suas ações à frente da pasta. O ministro afirmou também que as emendas de bancadas individuais foram contingenciadas e que a pasta está trabalhando com 16% do total do orçamento, o que equivale a R$ 570 milhões.

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