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Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter proibido membros do governo de baterem boca pela imprensa, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, rebateu ontem as declarações dadas na última sexta-feira pelo colega Reinhold Stephanes, da Agricul­­­tura. Ele afirmou que o Plano Na­­­cional de Direitos Humanos traz soluções para resolver os conflitos no campo. Cassel participou ontem da solenidade em que Lula assinou a Lei de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) – voltada para a agricultura familiar e para assentamentos da reforma agrária.

Para Cassel, o programa pacifica as relações no campo, na medida em que estabelece o diálogo em áreas rurais de conflito para evitar ações de violência. Ele disse ainda que as pessoas que defendem a violência no campo têm interesses escusos, como acobertar a grilagem de terras, o trabalho escravo e o desmatamento ilegal. As declarações foram uma resposta ao posicionamento de Stephanes, para quem o programa do governo tem uma "visão preconceituosa" ao diferenciar a agricultura comercial da agricultura familiar.

Reação

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), presidente da Frente Parlamentar da Agro­­­pecuária, garantiu que a bancada ruralista irá se mobilizar contra a proposta, por considerá-la inconstitucional. Colatto se disse preocupado com o plano e com o que chamou de uma tentativa do governo de "implantar um regime socialista no país". "Se os produtores não têm o direito de ir à Justiça para garantir a posse de suas terras, então acabou a democracia", declarou. (ELC, com agências)

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