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O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), se defendeu ontem em Maringá das acusações de que ele teria participado de um esquema de caixa 2 durante as eleições municipais em Londrina no ano passado. "Era impossível eu participar da gerência de campanha porque eu passei por mais de cem cidades do Paraná durante a campanha", comentou em entrevista sobre os boatos de que sempre que passava em Londrina, entrava dinheiro no caixa petista da cidade.

Bernardo deu palestra na Universidade Estadual de Maringá (UEM) sobre "Evolução nos Gastos Públicos", durante a XX Semana de Economia da UEM, e aproveitou para falar sobre a crise política que atravessa o Partido dos Trabalhadores. "Os políticos estão depreciados", lamentou. "Há um exagero e uma inversão de valores que causou um descrédito na classe política".

O ministro disse estar decepcionado com a postura da imprensa dizendo que basta qualquer pessoa anunciar o nome de um político do PT que este já vira réu e precisa se explicar o tempo todo, como se fosse uma condenação sumária. Ele criticou a atenção que as CPIs e a mídia deram para testemunhas como uma cafetina e um doleiro, o que teria contribuído ainda mais para rebaixar o nível político.

O ministro demonstrou bom humor em alguns momentos e chegou a ironizar o fato do deputado Roberto Jefferson (PTB) ter virado "herói nacional" pelas denúncias que fez e não provou ainda.

Ao ser questionado se ele acreditava que a onda de denúncias seria um complô da oposição, Bernardo afirmou que o PT já assimilou a participação de membros do partido nos esquemas de corrupção anunciados e que quem tiver culpa deve ser punido. No caso do presidente Luís Inácio Lula da Silva, cabe aos eleitores decidirem com o voto nas próximas eleições. "O povo vai julgar o Lula", anunciou.

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