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Terminou a reunião entre o ministro da Defesa, Waldir Pires,e os representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), do Ministério do Turismo e da Infraero. O ministro disse que, como medida preventiva para o feriado de Ano Novo, não poderão mais ser contratados vôos charter, fretados pelas operadoras de turismo.

O ministro não informou se o fretamento contribuiu para o caos no período de Natal, nem deu detalhes sobre a vigência da medida.

Pires disse ainda que está comprovada a prática de overbooking - venda de mais passagens que assentos pela empresa TAM, o que teria provocado a crise que começou na semana passada. Disse ainda que a empresa também cometeu outras irregularidades graves que tumultuaram a vida dos passageiros da companhia e provocaram o extravio de cerca de três mil bagagens.

- Houve falhas graves não só no fretamento como no overbooking. Sem nenhuma dúvida houve overbooking disse o ministro.

A auditoria da Anac na TAM deve terminar esta noite, quando serão definidas as responsabilidades da empresa e as punições que ela poderá sofrer. O relatório final da auditoria da Anac deve ser divulgado nesta quinta. Pires afirmou ainda que o governo não vai permitir mais a prática de overbooking de qualquer empresa aérea.

Além das festas de fim de ano, a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos governadores, em 1º de janeiro, deve aumentar o fluxo nos aeroportos. Nesta quarta-feira, o movimento é considerado normal nos principais terminais do país. Segundo a Anac, até as 10h30m, 98 (15,4%) dos 637 vôos previstos no país sofreram atrasos superiores a uma hora e 20 (3,1%) foram cancelados.

TAM afirma que falha na Infraero prejudicou operações antes do Natal

A Infraero e a TAM trocam acusações sobre o caos nos aeroportos no último dia 20. A empresa aérea diz que um dos principais motivos foi a queda no sistema de dados da Infraero, mas a estatal vem negando a informação. Nesta quarta-feira, a TAM divulgou relatório feito pela Telemar que aponta que, na semana passada, também houve falha na rede local da Infraero.

Já segundo relatório da estatal, seu sistema não havia falhado. A queda teria ocorrido apenas na rede da companhia aérea. Na ocasião, a TAM teria pedido ajuda da Infraero, por volta das 19h. E, ainda segundo relatório, a pane teria sido resolvida em 15 minutos.

Pela manhã, nesta quarta-feira no Aeroporto Internacional de Brasília e no de Confins (MG), as filas cresceram por causa de um problema parecido. Durante alguns minutos, o sistema da TAM usado para fazer o embarque dos passageiros saiu do ar. Alguns vôos tiveram pequenos atrasos.

A TAM confirmou no fim da manhã que o sistema eletrônico da companhia parou de funcionar às 10h50m, mas afirma que foi restabelecido 33 minutos depois. Segundo nota da empresa aérea, o atendimento aos passageiros não teria sido afetado.

"A TAM informa que houve queda no sistema que concentra a rede de dados da empresa às 10h50m. O sistema foi restabelecido 33 minutos depois. O ocorrido está previsto em plano de contingência da empresa que, em casos semelhantes, é imediatamente acionado, com duplicação de sistemas e outros procedimentos manuais que garantem a continuidade da prestação de serviço. O atendimento nos aeroportos não foi afetado e não houve impacto na malha aérea da empresa", diz a nota.

Companhias aéreas afirmam que ‘overbooking’ é legítimo

Para o vice-presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea), Anchieta Hélcias, a prática do "overbooking" torna-se aceitável "até certo ponto" . Segundo ele, as companhias são obrigadas a adotar o procedimento porque não há regulamentação que puna os clientes que não aparecem para embarcar.

- O Procon só defende os passageiros. Já para as empresas, não há ninguém que as defenda.

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