O segundo governo da presidente Dilma Rousseff começou a se estruturar ontem (2), quando 14 novos ministros assumiram suas cadeiras na Esplanada dos Ministérios. A admissão da falta de experiência para os cargos - uma das críticas que os setores fazem a boa parte da nova equipe - marcou alguns discursos de posse.
Foi o caso de titulares de pastas como Esporte e Pesca. No caso dos Portos, a admissão foi feita em conversa com o Estado. Por sua vez, o agora ex-ministro da Previdência, Garibaldi Alves, reconheceu que ocupou a pasta nos últimos anos sem conhecimento.
Ao assumir a chefia do Ministério do Esporte, o deputado federal George Hilton, um dos nomes mais contestados do novo Ministério de Dilma, admitiu não entender "profundamente" do tema. A transmissão do cargo para o deputado federal do PRB, ligado à Igreja Universal, foi esvaziada de atletas e representantes do primeiro escalão do governo.
Hilton foi apresentado na cerimônia como radialista e apresentador de televisão. Seu perfil no site da Câmara traz outras duas profissões, nenhuma delas ligadas ao esporte: teólogo e animador. "Gostaria de tranquilizá-los para dizer: posso não entender profundamente de esportes, mas entendo de gente. Eu sei ouvir as pessoas, sei dialogar", disse o novo ministro, prometendo usar a habilidade política para gerir a pasta.
No Ministério da Pesca, o novo titular Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), se esquivou dos questionamentos sobre a sua experiência no setor. Disse apenas que o Pará é um grande produtor de peixes e que o importante é "ter capacidade de gestão". "Mais importante do que qualquer atividade em si é ter capacidade de gerir a pasta."
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Vácuo de poder deixa Síria entre risco de Estado terrorista e remota expectativa de democracia
Deixe sua opinião