Vídeo| Foto: Reprodução RPC TV

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, conhecidos pelo forte temperamento, desentenderam-se, nesta quinta-feira, durante uma sessão. O assunto em questão era a constitucionalidade de benefícios concedidos a servidores do estado de Minas com cargos de confiança.

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Na quarta-feira, com um ministro a menos na votação, o Supremo julgou os benefícios inconstitucionais. Nesta quinta, o ministro Gilmar Mendes encaminhou um pedido para que o assunto fosse votado novamente, agora com todos presentes, para rever a decisão de demitir todos os funcionários beneficiados. Mas foi interrompido pelo ministro Joaquim Barbosa. Os dois discutiram. O tema da discussão versou sobre quem teria mais condições de dar "lição de moral" no outro.

- Ministro Gilmar, me perdoe a palavra, mas isso é jeitinho. Nós temos que acabar com isso - disse Barbosa.

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- Eu não vou responder a Vossa Excelência. Vossa Excelência não pode pensar que pode dar lição de moral aqui - respondeu Gilmar.

- Eu não quero dar lição de moral - revidou Barbosa.

- Vossa Excelência não tem condições - replicou Gilmar.

- E Vossa Excelência tem? - questionou, por fim, Joaquim Barbosa.

O clima bélico foi interrompido em seguida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que pediu mais tempo para analisar a questão. Não é a primeira vez que as desavenças ideológicas entre os ministros do STF descambam para o lado pessoal. Um dos momentos mais tensos foram vividos na sessão do dia 20 de outubro de 2004, quando Marco Aurélio Mello e Joaquim Barbosa discordaram de uma questão jurídica. Ao fim da sessão, Marco Aurélio propôs que a discussão fosse resolvida do lado de fora do plenário. E chegou a mencionar a realização de um duelo nos moldes medievais.

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